Para abordar um tema tão delicado e complexo, quero compartilhar e interpretar o pensamento de um grande violeiro e amigo Zeca Collares que certa vez disse : “Existem dois tipos de música: a música do corpo e a música da alma”.
Música boa X Música Ruim
A música do corpo seria aquela que as pessoas ouvem, gostam do ritmo, se agitam e mesmo que se lembrem dela por algum tempo, não a guardam dentro de si. “Quando você toma banho ela sai com a água e sabão e escorre pelo ralo.” define Zeca.
Em síntese, essa música não toca as pessoas profundamente, não gera emoção, apenas agitação conforme o nível vibracional do ouvinte.
Já a música da alma é algo belo e duradouro. É a música com poesia mesmo que sem letra. Aquela que nos faz enxergar os diversos aspectos humanos pelo sentimento que gera em nós. E neste ponto é possível separar o que é emoção do que é uma simples paixão por algo ou alguém.
Resumindo, esse tipo de música externa o que de mais verdadeiro está na alma do compositor e fará vibrar, desde que na mesma sintonia, o seu ouvinte. Ela reverberará dentro deste, enquanto assim ele precisar sentir.
Portanto, dentro dos dois aspectos expostos, ouso dizer que não existe música boa ou ruim, o que existem são apenas vibrações em sintonias diferentes, ou seja, a música será boa ou ruim de acordo com o estado evolutivo de cada um de nós.
Fabio Bello é violeiro, cantor, compositor e professor de viola caipira na cidade de São Paulo.
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