5 ações matadoras para combinar Neuromarketing e produção de conteúdo

O Neuromarketing, em linhas gerais, prevê o comportamento do consumidor e pode identificar o impacto emocional de um produto.

Seja sincero: alguma vez já passou na sua cabeça que produzir conteúdo é algo que possa não valer a pena?

Objeções, sempre achamos:

  • “muita gente no meu ramo já produz conteúdo assim”;
  • “não tenho cabeça para pensar nisso”;
  • “falta-me tempo!”;
  • “minha equipe tem outras prioridades”.

Nos 12 meses em que atuei como Customer Success Manager na Resultados Digitais, costumava perguntar para parceiros e clientes: “Você conseguiria de falar sobre o que faz, seu dia a dia, seus desafios, suas soluções em uma mesa de bar?”. E sempre respondiam: “Sim!”.

Ou seja, o conteúdo, na maioria das vezes, já está em nossa mente. Cabe aí a coragem para escrever. Refletindo, escrevemos e então aprendemos por consequência.

Como diria nosso amigo André Siqueira em sua palestra no RD Summit de 2015:

“O diferencial para o conteúdo é a vivência”.

Neste post pretendo me aprofundar em um assunto que muitos ouviram falar, mas poucos sabem de suas vantagens: o Neuromarketing.

Neuro o que?

O Neuromarketing, em linhas gerais, prevê o comportamento do consumidor e pode identificar o impacto emocional de um produto.

Em sua especificidade, ele tem muitas etapas de aplicação e categorias, como o eletroencefalograma (pesquisa que coloca eletrodos na cabeça de um voluntário para ter ideia de onde o cérebro realiza mais atividades) ou a ressonância magnética funcional (técnica utilizada para ver imagens durante a execução de uma tarefa).

Através de pesquisas, que vão além das tradicionais pesquisas de mercado (responder um questionário, por exemplo), o Neuromarketing traz dados que vão além de números.

Soou familiar? Sim, o Neuromarketing vai ao encontro do Marketing 3.0 de Philip Kotler: um marketing que não é baseado no produto (1.0) nem no consumidor (2.0), mas sim no ser humano.

Por essas e outras que, nas grandes cidades, andamos com bicicletas do Itaú. Um marketing que vem ao encontro do ser humano.

Pensando em dados, cerca de 80% das decisões de compra são feitas de forma inconsciente.

De qualquer forma, é inegável que o tema é inovador, mesmo que ainda pouco utilizado pelas empresas.

Mas voltemos à casa do conteúdo.

Neuromarketing e Marketing de Conteúdo

O Marketing de Conteúdo é uma maneira de engajar o público-alvo e crescer a rede de potenciais clientes através de conteúdo relevante e valioso.

Para juntar ambos os caminhos, precisamos olhar a teoria atrás da prática do Neuromarketing para melhor entender os leitores e produzir um conteúdo que lhes seja muito útil.

Você já ouviu falar do Viver de Blog? Este blog tem mais de 250 mil visitas mensais e 20 mil Leads gerados até hoje.

Henrique Carvalho, seu criador (e, não por acaso, também palestrante da última edição do RD Summit), literalmente atingiu 10.148 páginas visitadas somente no dia do lançamento.

Em opinião pessoal, antes de escrever um post, busco inspiração na maneira simples, fácil e estruturada de escrever do Henrique e, claro, dos posts do blog da Resultados Digitais.

Eles geram em mim um “efeito wow!” (explicarei isto no fim do artigo), ou seja, ativam em meu inconsciente uma sensação parecida com a de abrir um papel de presente com a excitação de uma criança.

Isso reforça que devemos produzir conteúdos antropocêntricos, ou seja, onde o homem é o centro de nossas ações.

Mas como será que funciona o nosso cérebro?

Teoria do cérebro trino

A teoria do cérebro trino defende que nosso cérebro se divide em três partes:

  • 1 – A unidade racional: a razão. Essa parte é responsável pela lógica, aprendizagem, linguagem e o pensamento consciente.
  • 2 – A unidade límbica: as emoções, tais como raiva e alegria.
  • 3 – Por último, mas não menos importante, a unidade reptiliana, que vamos aprofundar a seguir.

Podemos exemplificar em alguém que deseja parar de comer em demasia, passando em frente a uma hamburgueria e sentindo um maravilhoso cheiro.

A unidade racional diria: “Você não deveria comer este hambúrguer”. A unidade límbica lembraria do prazer em comer aquele hambúrguer, especialmente aquele com cheddar e bacon. E a unidade reptiliana, que pode sobrepor as outras duas, nos traz um impulso inconsciente de comê-lo.

Por isso, em alguns casos, driblar esse impulso inconsciente é um desafio e tanto. (tal qual o desafio de um usuário de não abrir aquele post, ou não fazer o download daquele material!).

Aprofundando-se na unidade reptiliana

“Incêndio!”

Imagine se, no meio da noite, você acorda com um grito desse? Logo, você se põe a sair correndo inconscientemente.

A unidade que lembra movimentos que caracterizam os répteis, ou reptiliana, nos traz reflexos simples, como o exemplo acima.

Ela tem prioridade sobre as outras duas pois pode nos impulsionar uma certa urgência.

Na psicanálise, Freud traz muito de nosso inconsciente, defendendo a ideia de que precisamos esquecer o que sabemos, nos desarmarmos, pois a grande verdade está escondida em nosso interior.

Reparou a força que tem o inconsciente?

A seguir, cito cinco diferentes ações para quem quer ter em sua produção de conteúdo um diferencial:

1 – Torne o conteúdo simples

O cérebro reptiliano é simples e não ligado a coisas abstratas. Traga conteúdo específico sempre lembrando de utilizar de exemplos ao longo do caminho.

Por exemplo, anteriormente, neste mesmo post, citei o Viver de Blog para exemplificar um pouco das ideias escritas.

2 – Não esqueça da emoção do leitor

Apelar para as emoções, às vezes, pode ser útil.

De acordo com uma pesquisa do site okdork.com, as três principais emoções invocadas a partir de 10 mil artigos populares na internet são: humor, temor ou diversão.

(Se você ficou confuso ao ler “temor”, não esqueça que os conteúdos relacionados a etapa de “Reconhecimento do problema” na Jornada de Compra podem trazer essa sensação!)

Portanto, pare pra pensar: que emoção seu conteúdo está trazendo?

3 – Imagens podem auxiliá-lo

Sim, vou iniciar com o clichê de que “uma imagem vale mais do que mil palavras”.

Sentimo-nos bem quando navegamos em websites com uma bela identidade visual. Lá permanecemos e para lá voltaríamos, se necessário.

Já reparou a força que os memes carregam? Compartilhar imagens que possuem algum significado, seja algo mais elaborado, como uma paisagem, ou uma montagem, como um meme, faz mais sentido para os usuários.

4 – Lembre-se de contar até 1

Michael Quoist, escritor francês, certa vez escreveu:

“Não pare de repetir interiormente: agora só tenho uma pessoa a receber: esta que está na minha frente”.

Da mesma forma, pense em escrever conteúdo focado em uma só pessoa. Alguém que precisa resolver um problema ou de uma resposta para sua dúvida.

Ao longo do caminho repense se aquilo realmente está sendo útil para essa pessoa, afinal os algoritmos do Google são robôs, mas do outro lado há um ser humano.

Se você ainda não definiu um foco, ou seja, uma persona para a produção de seu conteúdo, faça isto!

5 – Inicie e termine com um “efeito wow”

Gerar valor em nosso conteúdo é algo muito interessante, especialmente no início do artigo (como um chamariz) e no final do artigo (como a cereja do bolo).

Nunca esqueço da história da Disney, contada por um amigo. Achei interessante dividir em três partes para que entendamos a importância do “efeito wow”:

  • 1 – Na loja, uma criança ficou apaixonada por um boneco do Mickey (início);
  • 2 – Enquanto se divertia, o brinquedo caiu e foi atropelado em uma apresentação no parque. Logo, um funcionário, vendo isso, falou para a criança que levaria o boneco no médico e combinou um horário para se reencontrarem (meio);
  • 3 – No horário combinado, trouxe um Mickey novo encoberto em um lençol e um “médico” acompanhando (final).

“Wow!”, certo?

Que tal gerar essa sensação em seus posts ou materiais educativos?

Em um exemplo prático, iniciei este post fazendo uma pergunta para poder fisgar o leitor e vou concluí-lo em tom de desafio. De nada valeria desprender energia para algo que não faça uma real diferença.

Conclusão

Nunca cometa o erro de escrever por escrever.

Uma boa mistura entre conteúdo focado no humano e também estruturado a partir de SEO (quando estiver presente no corpo de nosso site, como em blogs) é um grande diferencial.

O Neuromarketing traz ao Inbound Marketing, especialmente através da produção de conteúdo, uma série de ferramentas e ideias para conseguirmos ter conteúdos efetivos em nosso negócio.

Afinal, de que serviria gastar tempo e energia na produção de conteúdo se ninguém se interessar?

Até mais!

Fonte: http://resultadosdigitais.com.br/